Táxis no Rio de Janeiro: aventuras por um terreno desconhecido

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Longe de mim fomentar a ridícula rivalidade Rio-São Paulo. Mas após passar um fim de semana inteiro na terra de São Sebastião, pude identificar um ponto em que os cariocas precisam melhorar – e muito –, talvez aprendendo com os paulistanos: táxis!

Tenho até vergonha de dizer: nunca tinha ido à cidade do Rio de Janeiro. Na verdade, passei por lá duas vezes: na primeira, literalmente passei (pela Rio-Niterói a caminho da Região dos Lagos); na segunda, fiquei pouco mais de 24h para um trabalho. Não contou. Mas neste final de semana, tirei o atraso: fui na sexta à tarde e voltei na segunda pela manhã.

Fiquei em Santa Teresa, bem no pé do morro. Mas era só dizer o destino para o taxista que ou ele dizia que o carro estava ruim e não poderia subir ou então levava e demonstrava a maior má vontade do mundo ao chegar no ponto final da viagem.

Claro que eu não defendo totalmente os taxistas paulistanos. É uma das maiores reuniões de reacionários que podem existir. É fácil ouvir comentários do tipo “tem que matar bandido mesmo” ou então frases com conteúdo homofóbico numa corrida rápida. É só dar corda. Mas para desempatar esse jogo, um exemplo: os aeroportos.

O ponto de táxis no aeroporto Santos Dumont, no Rio, é uma completa bagunça. Taxistas brigam, discutem uns com os outros aos berros para não “rodar” – que é o que acontece quando não tem mais vagas para o carro parar e ele tem que sair do aeroporto sem pegar passageiro. Enquanto isso, o turista (ou seja lá o que for) fica meio que sem saber para onde ir. Sem contar que a malandragem impera na hora de escolher o caminho e cobrar a corrida – coisas que não aconteceram comigo porque dei uma olhada rápida no Google Maps antes, para já saber o caminho mais rápido.

Como contraponto, os táxis em Congonhas, São Paulo. Na volta, a fila estava muito grande. Mas nada que cinco minutos não resolvessem. Aqui, a fila anda (aliás, ela existe, organizada, coisa que não vi no aeroporto do RJ). Abre-se a porta do táxi, se diz o destino, liga-se o taxímetro e pronto, sem segredos ou muitos cuidados.

Uma cidade que sediou Jogos Pan-Americanos e sediará as Olimpíadas em breve deve fazer uma reciclagem em seus profissionais de praça urgentemente. Para que pelo menos isso não seja motivo de vergonha – além dos muitos outros, estruturais, que têm todo o potencial para ser.

7 comments

  1. Voce deve no minimo ser anti carioca, pois todos sabemos que o Rio é maravilhoso e nossos taxistas são excelentes profissionais falar, comentar , citar fatos no meio de uma conversa onde o passageiro “puxa” assunto é absolutamente normal ! Melhor, muito melhor que uns e outros paulistanos que não tem habilidade sequer falar OOOO MMMMEEEEUUUUU… Quanto a filas desorganizadas e etc não compete ao taxista mas a “porcaria” da SMTR (orgão da prefeitura) que somente serve para criar dificuldades para “vender” facilidades e esse sistema monopolizado de controle a pontos de taxis comuns a todos mas que no fim servem somente a alguns… Vez que até os PMS sao”comprados” para impedir que taxistas profissionais de outros pontos nao possam sequer encostar no desembarque muito menos no embarque… (se para a multa chega !!!) O que tem que mudar é de cima para baixo e nao de baixo para cima… Primeiro acabar om o AUXILIAR transformar todos em TAXISTAS PERMISSIONARIOS pois todos tendo o que perder valorizaram seu objeto de trabalho e seu proprio trabalho; Acabar com a exploração de empresa que vivem a mais de 20 anos da exploração de uma concessão pública… (mas isso ninguem fala sabe porque ???? Por que o sr. Cesar Maia tem mais de 500 concessões sendo exploradas em sociedade com uma empresa situada no bairro do Rocha no suburbio do Rio) Imagina voce 500 autonomias vezes R$ 150,00 por dia??????!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Vai mudar ??????? Continua achando que tem que mudar e baixo para cima ?????? junte-se ao correto ! Ajude-nos a expor as mentiras, explorações. Um abraço

  2. Profissional ruim tem em qualquer profissão ou cidade. Mas, no Rio, a maioria dos taxistas são bem safados. E quem acusa alguém de ser anti carioca perde a razão ao se mostrar tão anti paulista.

  3. Passei hj a maior humilhação da minha vida nessa porcaria de cidade que de maravilhosa ñ tem nada!! Fiquei no centro da cidade implorando por um taxi me levar!! Teve um q fez eu DESCER do carro! isso mesmo DESCER!! Muita humilhação tive andar mais de um km com uma mala na mão a noite pelo centro até achar algum taxi q quisesse me levar!! NUNCA MAIS PISO NESSA CIDADE LIXO! LIXO DE CIDADE! CIDADE DE MERDA !!!

  4. Se 10% dos taxistas forem honestos é muito. Moro no rio a 12 anos e 90% dos taxis que pego me incomodo de alguma maneira por algum tipo de irregularidade, sao elas: 1) apertar um negocio ali perto do taximetro que ele fica contando mais rapido, ja aconteceu 6x comigo, do centro pra cobacabana que sai de 17 a 20 reais, ja deixei rolar e e foi a 43 !!!! disse pra ele tocar para a delegacia que eu ia registrar queixa, pediu que eu descesse e nao cobrou nada… FDP !!! MALDITO LACRAIO ESCROTO POR ISSO QUE ESSE PAÍS NAO MUDA, IMAGINA O EXEMPLO PROS FILHOS DESSE CARA. 2) Por eu ser caucasiano, pensam que sou turista e nao conheco rio, TODA SANTA VEZ, perguntam qual trajeto quero fazer, alegando que o melhor esta engarrafado é sai “mais barato” dar a volta la pela linha amarela pra ir pra copa…. PORRA CARALHO VAO TOMAR NO CU !!!!! MORRAM DE FOME 3)Seguido pego taxi da esquina da 7 de setembro com a rio branco para ir ao santos dumont, teve um dia que 8 taxis seguidos recusaram a corrida alegando que estava muito engarrafado, acabei tendo que ir a pe para nao perder o voo, passei sobre a passarela e vi que nao havia nada engarrafado. Da proxima vez, vou estar munido das leis e direitos legais para ferrar com esses caras e vou pegar pesado, BANDO DE BANDIDO FDP. E pior que os ” teoricamente honestos ” nao fazem nada com os colegas ” bandidos ” tudo mesma raça.

  5. nao sei o que se passa na cabeça de algumas pessoas, trabalho na praça a mais de 15 anos, nunca na minha vida recusei corrida alguma, apesar de volta e meia me ferrar tipo ir para o galeao ou barra as 7 da manha, todo mundo sabe que e a maior furada pois a volta e quase sempre sem passageiro e uma hora de engarrafamento, fala se mal dos taxistas mais nao sabem nem a metade do que passamos no dia a dia varias vezes tive aborrecimentos no meu dia a dia tipo o passageiro estar molhado saindo da praia de bermuda e voce nao perceber, ai quando ele solta ta o banco todo molhado outros acham que o taxi e kombi de mudança querem fazer mudança dentro do taxi, posso cobrar 1,70 por volume transportado nunca cobrei mais se cobrar o passageiro diz que eu estou roubando posso colocar bandeira dois para subir ladeiras ingremes nunca coloquei se colocar dizem que sou ladrao ja levei muito passageiro bebado e chato, por duas vezes vomitaram dentro do carro, quem pagou a lavagem foi eu nesses quinze anos nao tive uma multa da smtr sempre procurei andar certo, multa de transito acho que tem uns 3 anos que nao levo nenhuma passaria horas aqui escrevendo o que e ser taxista no rio de janeiro alguns passageiros reclamam do nosso serviço mais gostaria que eles passasem uma semana aturando o que nos passamos, claro que existe maus profissionais mais tambem tem muito passageiro que tira qualquer um do serio a maioria dos taxistas que conheço sao pessoas normais e gente muito boa que lutao diariamente passando por todo tipo de situaçoes e tentando levar a vida numa boa aposto que em dez corridas de taxis em nove ou nas dez voces serao muito bem tratados, façam essa experiencia e depois publiquem aqui mesmo. muito obrigado pelo espaço.

  6. José Augusto, torço muito para publicar aqui um ótimo exemplo de serviço prestado por algum taxista no Rio de Janeiro. De verdade. Juro que vou tentar.

    E obrigado pelos relatos. A gente sabe que a falta de noção está por toda parte, infelizmente.

    Abraço.

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