O jornalismo se adaptando ao ambiente

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A crise está passando. Mas vai deixar marcas.

Acho que já comentei aqui que o futuro do jornalista é frila. As grandes editoras estão “congeladas”, não contratam. As vagas que aparecem são fixas e tal, mas sem registro. Um reflexo da crise, é claro. Elas têm de manter uma certa porcentagem máxima de freelancers e estão seguindo à risca.

O jornalismo passa por tantas transformações ao mesmo tempo que já não acho que me formei na época errada. Sim, me formei bem no meio de uma crise, fiquei uns 5 meses desempregado e tendo de me virar em outra área, fora do jornalismo. Mas agora eu estou fortalecido para enfrentar as barras. E animado, como nunca, com a minha profissão.

O panorama atual não comporta acomodação. Se você quer atuar, não basta ficar esperando o e-mail da Catho ou do Vagas.com com a oportunidade perfeita. Quer trabalhar em redação? Uma dica (quem sou eu pra dar dicas, mas vamos lá): Uma revista precisa de idéias, não de gente! Mande sugestões de pauta para os editores por e-mail, liguei e marque uma visita, faça um portfolio online (tem servidor por aí que cobra R$ 3/mês!), mostre seu trabalho e sua vontade. Recebeu um não? Ok, mande outra. E outra. E outra. Uma hora você acerta.

Outra coisa: Fique atento à internet. Twitter não é modinha, é espaço para trabalho (ou para procurar um). Facebook não é um “Orkut de fresco”, é um canal para fazer contatos. Faça seu network e mostre sua cara.

Além disso, a internet está acabando com o jornalista que é apenas um “atravessador de notícias”, o cara que está entre o fato e o leitor. Nos esportes, por exemplo: Luxemburgo, Beluzzo (presidente do Palmeiras), Mano Menezes, Barrichello, Nelsinho Piquet… todos esses caras têm algo em comum: Twitter. Eles se comunicam diretamente com seus fãs e admiradores. Não precisam de mim e nem de você para divulgar uma novidade. Eles só digitam e clicam em “update”, simples assim. Então, além de entender esse universo, você tem de saber lidar e interagir com ele. Tirar leite de pedra virou “buscar pautas em tempos de Twitter”.

Alguém te falou que ia ser fácil? Se falou, mentiu.

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