Prodigy – Invaders Must Die

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Cheguei há pouco do show do Prodigy no Via Funchal. Fui a trabalho, pela revista Rolling Stone, e vou colocar alguns comentários sobre os shows de abertura, que infelizmente não couberam no texto para a revista.

Via Funchal, ainda vazio, antes dos shows de abertura do Prodigy
Via Funchal, ainda vazio, antes dos shows de abertura do Prodigy

DJ Marky – Já perdi as contas de quantas apresentações já vi deste DJ, mas sei que várias situações se repetem. Ele entra no palco com o jogo ganho, sendo ovacionado. DJ Marky chegou num nível de empatia com o público que seria impensável para um DJ poucos anos atrás. Tocou clássicos do drum ‘n’ bass, como Bad Company. Priorizou os sons mais pesados, até porque estava abrindo para o Prodigy e não cabiam aqueles sons mais calmos, que ele também gosta de tocar em outras oportunidades. Fechou de forma apoteótica, com “Block Rockin’ Beats”, do Chemical Brothers e “Smells Like Teen Spirit”, do Nirvana (!!!!!!!!!!!!!). Todo curso de DJ deveria ter uma aula que analisasse uma apresentação do DJ Marky. Existiram poucos DJs meia-boca se fosse assim.

Mixhell – Iggor Cavalera chocou muita gente ao deixar o posto de baterista-fundador do Sepultura para tocar música eletrônica com a esposa, Laima Leyton, em clubes da noite paulistana. Mas hoje vi um Iggor feliz e satisfeito no palco, o que comprovou que a sua escolha foi acertada. E o melhor: a mesma energia que ele dispensava no Sepultura, ele dispensa no Mixhell, seja descendo o braço em sua bateria (sim, há uma bateria e os equipamentos de mixagem no palco) ou tocando no esquema back to back com a esposa. O chão tremeu e aí foi a prova: se o Via Funchal suportou (fisicamente) o Mixhell, suportaria o Prodigy fácil.

Daniel Peixoto – O ex-membro da dupla Montage não agradou tanto o público do Prodigy. Até que começou bem, com uns sons tecno, bastante graves. Mas depois caiu para o funk, com letras não muito inspiradas. Sobrou vaia na saída do palco, mas com alguns aplaudinho timidamente.

Agora, sobre o show do Prodigy mesmo, só na Rolling Stone de novembro.

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Ah, só uma curiosidade. DJ Marky tocou rock (Nirvana), Iggor Cavalera, ex-baterista de uma banda de heavy metal, desceu o braço no tecno… é, o mundo estámudado mesmo! :)

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